30/07/12

É um revisor, estúpido! (Ou vários.)



Mero exemplo 1.



Mero exemplo 2.


O Público deixou, portanto, de ter revisores de texto, ou algo assim. Na versão online são inúmeros os erros, os parêntesis que abrem mas não fecham, as conjugações estranhas de verbos, as frases mal construídas... eu diria que não há artigo que não dê logo nas vistas por asneiradas deste género.
Como é possível que um jornal com a relevância que o Público tem, no panorama nacional, não tenha um cuidado essencial naquela que é a sua área de actividade: a comunicação escrita?!
Ler artigos escritos por alguém que deveria ter melhor domínio da língua do que a maioria e deparar-se com disparates deste género retira de imediato a credibilidade do próprio trabalho jornalístico, compreendem a gravidade? Além de que, com a repetição, o leitor tende a procurar alternativas e busca informação em fontes mais fidedignas e credíveis do que um jornal que nem assegura a correcção dos próprios textos...

28/07/12

Enquanto recuperamos

o fôlego, depois das invasões francesas, deixo-vos o muito bom post do RESSABIATOR, via raparigascomonos. (É pequenino, não se acanhem).

Ainda, para compreender um pouco o problema do falo, cujos donos têm dificuldade em fazer atravessar de uma têmpora à outra, tendo ainda assim que o enfiar em qualquer lado, este aqui.

E esta dissertação sobre um Domingos Amaral desmamado antes do tempo.

____

Adenda a 29/07/2012: Mais um bocadinho de divertimento com o Malomil, ainda sobre D.A., a salientar, entre outros aspectos: "BBC Vida Selvagem: no reino dos machos-alfa" e "O Hotel dos Chiados". Haja quem me poupe!

23/07/12

:)

Publicidade

David Lynch's Champagne Dreams on Nowness.com.



Luke Gilford filma tudo e todos e todos.

Eu vi a luz




Era uma vez um filme turco, Once Upon A Time in Anatolia ("Bir zamanlar Anadolu'da" no original) que tinha a melhor fotografia ou, para ser mais concreta, a melhor luz do cinema dos últimos tempos. Aquilo é fotografia em movimento (para uns pode ser redundante, eu sei), ou melhor, muito boa fotografia em movimento.
Nem fui investigar, porque sou preguiçosa e não tenho obrigações do foro jornalístico ou crítico, se a responsabilidade é mais do realizador ou do director de fotografia, ou se o primeiro começou a vida artística como fotógrafo, mas que existe ali uma preocupação particular com a iluminação e a captação de luz de forma especial, existe. Imagino que tenha dado mais trabalho do que o que já é usual... estive ali a puxar pela cabeça... aquelas cenas à noite em que se capta a ténue luz existente e ainda os focos dos automóveis daquela forma... em fotografia eu diria que tínhamos a câmara em exposição, mas ali não faço a mais pequena ideia, até pelo movimento que eu não sei como resulta em vídeo (digital ou película?).
Enfim, o importante é que aquilo era lindo.
A ajudar, os actores com uns rostos fantásticos, umas composições de personagem bestiais e uma ou outra cena a lembrar teatro no sentido das marcações e das entradas e saídas de cena. Ou a lembrar aquele lado nenhum de One From The Heart, embora a história e o contexto não tenham nada, mas mesmo nada, a ver.
E mais. Um policial que não o é. A acção decorre na cena de um crime, durante a investigação do mesmo, entre criminosos e polícias ou detectives que investigam o crime e um médico legista e a autópsia do corpo. Mas o que parece ser secundário passa a principal e uma série de personagens e suas vidas ganham rumo e justificação no decorrer da acção que principia como sendo a central e passa a acção de fundo, elemento catalisador do resto.
Eu tenho a minha teoria acerca do próprio desfecho implícito na narrativa mas não vos vou estragar a surpresa e provavelmente poderão ter outra opinião, já que se trata de uma narrtiva aberta (ou talvez não, ou nem tanto... :)
Imagino também que os pontos de vista divirjam q.b., como aconteceu cá em casa...
A ver, digo eu.











18/07/12

:)

Decisões,

decisões, decisões...

Amantes de Woody



Mas só os amantes incondicionais. Todos ao Nimas, já a partir de amanhã. Não é o Top Ten mas quem gosta e gosta sempre já terá o que fazer.

Giro, isto!



O conceito não é novo, é antes uma mistura de dois que se vêem muito por aí (isto, na net, é tudo em catadupa): o das capas de discos sobre caras de pessoas que os seguram nas mãos e, principalmente, aquela espécie de old me now me de ruas, em que se segura uma fotografia antiga de um local (vista de rua, fachada, etc), por vezes com figura humana, sobrepondo-a à vista actual do mesmo spot, tentando recriar milimetricamente a perspectiva (não consegui encontrar e tenho que sair, mas perceberam, não perceberam?).

De qualquer forma, resultam bem, estas montagens de Bob Egan, não?


"Evidently if you put enough rubber bands around a watermelon, it will explode from the pressure."



"Evidently if you put enough rubber bands around a watermelon, it will explode from the pressure. File under: who knew? Also: how do you decide to do this in the first place??! Also: Next time, wear goggles. A total waste of a good watermelon, but also a fascinating (and slightly dangerous) demonstration of physics!"

Definitely, Maybe



A (des)propósito, ou porque a vida tem destas coisas e podemos tirar as ilações que quisermos dos filmes, ou dos livros, ou da própria vida (o que a torna bastante mais interessante ou, pelo menos, útil), acabei de ver há pouco um filminho com este nome que foi uma bela surpresa (ando com sorte nos filmes que vejo).
Um dos aspectos curiosos do visionamento foi o facto de ter sido feito na companhia da minha filha mais velha que tem precisamente a idade da menina do filme a quem o pai tenta explicar a sua vida amorosa, o seu divórcio (da mãe da criança), como conheceu a mulher e os outros relacionamentos que teve.
O filme ganha muitíssimos pontos em relação à generalidade das comédias românticas porque mostra a vida amorosa da generalidade das pessoas tal como ela é, contrária aos contos de princesas, em que as relações começam e terminam, muitas vezes mais pelas circunstâncias do que pelas pessoas envolvidas. E começam e acabam, e começam e acabam. E a vida continua, também na generalidade dos casos.

(O meu primeiro namorado-namorado, o namorado da adolescência, disse-me uma vez - então - que o amor é uma questão de circunstâncias. Na altura nem percebi o que ele queria dizer e tenho para mim que nem ele próprio sabia bem o significado daquilo. Suspeito que o tivesse ouvido e achado interessante de reproduzir num momento em que lhe parecesse adequado. Porque eu só percebi o que julgo ser o significado de tal coisa depois de mais uns quantos relacionamentos, casamentos, filhos, divórcios e etc. E não me tenho assim em tão fraca conta no que diz respeito a aprendizagens deste tipo.
Às vezes lembro-me de o ouvir pronunciar essa frase. Pronto, sobre isso, é só isto.)

De seguida (e aqui não vou voltar a abrir parentesis), e por razões de circunstância, lembro-me de quando era adolescente/jovem e me julgavam pelo número de namorados ou affairs que me conheciam (engraçada a parte do diálogo no filme em que a miúda pergunta ao pai qual o equivalente masculino para slut, chocada com a quantidade - não tão grande - de namoradas que o pai lhe menciona na história que relata e ele diz que ainda não existe mas que não tardará...) apesar de, quantitivamente, serem os mesmos que outras amigas minhas, bem comportadas, tinham - apesar de não serem sobejamente conhecidos. Às vezes a honestidade não parece compensar e há quem gira a franqueza com a perícia de saber o que omitir e o que revelar para impressionar os outros. Surtirá efeito a quem se baste com as aparências.
Lembro-me sempre dessa história quando, ainda hoje, em idade adulta (e agora que já tive de facto ainda muitos mais namorados, casos, maridos e amantes) alguém pretende moralizar sober o assunto (dá-me o ideal, o idea-a-al!...). E enche-me as medidas quando homens feitos se apresentam como donzelas e me contam como foi passar uma vida de sofrimento e onanismo (vulgo punheta, mesmo) à espera da mulher ideal. Sozinhos, estóicos, inabaláveis no seu propósito, preservando-se, nas suas próprias palavras, e aos seus corpos e sentimentos impolutos, da promiscuidade. Tudo lindo, maravilhoso e poético, não fora o facto de irem às putas, que não contam para estatísticas e não têm nome (a não ser quando muito provocados).

Enfim, o amor, brindemos ao amor!

Celebre-se o amor! Os inícios e os fins! Mas, caramba, o amor sério ou a paixão tórrida! Não me dêem amores remediadinhos! Mais vale perder o amor aos tostões e voltar às putas, assim como assim é o que fazem os senhores de bem.


12/07/12

10/07/12

Je préfère avoir mal au cou qu'au coeur



Este filme é tão surpreendente (de (muito) bom), tão rico, tão cheio de pormenores e de graça!
Muito, muito mais do que estava à espera! Que satisfação!




La délicatesse, o nome e o adjectivo.

Já este...



Tem graça, o pressuposto é giro, vê-se bem.
Mas o outro, caramba, tem tudo certo! :)
No entanto, assegurado o outro, este, dentro do ligeiro, é de se ver.

(Pareceres curtos, mais curtos, não há!)